Melastomataceae

Leandra umbellata DC.

Como citar:

Marta Moraes; undefined. 2020. Leandra umbellata (Melastomataceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

191.546,397 Km2

AOO:

84,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), com ocorrência nos estados: BAHIA, município de Amargosa (Goldenberg 2343), Arataca (Jardim 228); MINAS GERAIS, município de Catas Altas (Ordones 623), Conceição do Mato Dentro (Magalhães 6153), Juiz de Fora (Castro 23), Ouro Preto (Badini s.n.), São Gonçalo do Rio Abaixo (Reginato 1420), São João del Rei (Martius s.n.), Serro (Williams 7014), Viçosa (Mexia 5465); RIO DE JANEIRO, municípios Itatiaia (Reginato 1334), Paraty (Baumgratz 1392); SÃO PAULO, municípios São José do Barreiro (Baumgratz 1179), São José dos Campos (Silva 1345).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Marta Moraes
Revisor:
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore ou arbusto de até 10 m de altura, endêmica do Brasil, ocorrendo no domínio da Mata Atlântica e do Cerrado, em Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila e no Cerrado (lato sensu) (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Bem representada em herbários, apresenta distribuição ampla com EOO= 163098 km², registros de coleta em 14 municípios, inclusive com coleta recente (2017) e em Unidades de Conservação de proteção integral. Assim, Leandra umbellata foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e tamanho populacional) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Último avistamento: 2017
Quantidade de locations: 12
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 3: 153–154. 1828.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree, bush
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica, Cerrado
Vegetação: Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 2.1 Dry Savanna, 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest
Detalhes: Árvores ou arbustos de até 10 m de altura (Jardim 228), ocorrendo no domínio da Mata Atlântica e do Cerrado na Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019)
Referências:
  1. Flora do Brasil 2020 em construção, 2019. Leandra in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB9635>. Acesso em: 11 Dez. 2019

Ameaças (5):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 2.3 Livestock farming & ranching habitat past,present regional very high
Em diversos municípios que fazem parte da Cadeia do Espinhaço, a atividade pecuarista é intensa comprometendo em muitos casos a preservação do mio ambiente (Silva et al., 2008).
Referências:
  1. Silva, J.A., Machado, R.B., Azevedo, A.A., Drumond, G.M., Fonseca, R.L., Goulart, M.F., Júnior, E.A.M., Martins, C.S., Neto, M.B.R., 2008. Identificação de áreas insubstituíveis para conservação da Cadeia do Espinhaço, Estados de Minas Gerais e Bahia, Brasil. Megadiversidade, 4(1-2):272-309.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.3 Tourism & recreation areas habitat past,present regional very high
A atividade turística desordenada também constitui um risco para a preservação das espécies ameaçadas da Cadeia do Espinhaço (Silva et al., 2008).
Referências:
  1. Silva, J.A., Machado, R.B., Azevedo, A.A., Drumond, G.M., Fonseca, R.L., Goulart, M.F., Júnior, E.A.M., Martins, C.S., Neto, M.B.R., 2008. Identificação de áreas insubstituíveis para conservação da Cadeia do Espinhaço, Estados de Minas Gerais e Bahia, Brasil. Megadiversidade, 4(1-2):272-309.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.1 Species mortality 5.3 Logging & wood harvesting past,present national very high
Apesar de sua enorme importância para a conservação de espécies e a prestação de serviços ecossistêmicos, o Cerrado perdeu 88 Mha (46%) de sua cobertura vegetal original, e apenas 19,8% permanece inalterado. Entre 2002 e 2011, taxas de desmatamento no Cerrado (1% por ano) foram 2,5 vezes maiores do que no Amazônia (Strassburg et al., 2017).
Referências:
  1. Strassburg, B.B.N.; Brooks, T.; Feltran-Barbieri, R.; Iribarrem, A.; Crouzeilles, R. et al., 2017. Moment of truth for the Cerrado hotspot. Nature Ecology and Evolution1, V. 99.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 3.2 Mining & quarrying habitat past regional very high
Em 5 de novembro de 2015, o Brasil assistiu a um dos piores desastres ambientais de sua história. Uma onda de lama enterrou Bento Rodrigues, uma vila no município de Mariana (Escobar, 2015). Em um dia, a onda atingiu o rio Doce, um dos maiores rios do Brasil fora da bacia amazônica, e atravessou 600 quilômetros antes de transbordar no Oceano Atlântico em 21 de novembro (Escobar, 2015).
Referências:
  1. Escobar, H., 2015. Mud tsunami wreaks ecological havoc in Brazil. Science (80-. ). 350, 1138–1139.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat past,present national very high
Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2003).
Referências:
  1. Escobar, H., 2015. Mud tsunami wreaks ecological havoc in Brazil. Science (80-. ). 350, 1138–1139.

Ações de conservação (4):

Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em um território que será contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Centro Minas - 10 (MG), Território Itororó - 35 (BA) e Território Milagres - 39 (BA).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada em: Parque Nacional Da Serra Das Lontras, Área De Proteção Ambiental Bacia Do Paraíba Do Sul, Parque Nacional Do Itatiaia
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional (Pougy et al., 2015).
Referências:
  1. Pougy, N., Verdi, M., Martins, E., Loyola, R., Martinelli, G. (Orgs.), 2015. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional. CNCFlora : Jardim Botânico do Rio de Janeiro : Laboratório de Biogeografia da Conservação : Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 100 p.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). A espécie será beneficiada por ações de conservação que estão sendo implantadas no PAN Rio, mesmo não sendo endêmica e não contemplada diretamente por ações de conservação.
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente -SEA : Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.